domingo, 15 de março de 2015

Daniela Lelli - Francilangela Clarindo




Daniela Lelli

Diretamente da Itália
Alma gêmea de Cesare Natale nasce
Nos brinda com poesia e alegria
Incluídos aí amor e doce companhia
E  trabalhos pertinentes para saúde e cultura
Luta fervorosa contra o Mal de Alzheimer
A  promover melhoria.

Livros de fazer encantar
E m atuações transformar
Luta diária para o poema
Livre ser
Indicando novos caminhos.


Francilangela Clarindo

TECO SEADE - BOI MARRUÁ

ADRIANE LIMA no Apartamento do Sol - Reduto Dos Artistas/Campinas-SP

Adriane Lima



Adriane Lima

Amiga que gosta de estar junto
Difícil é ver uma foto dela sozinha

Rima que prima pela poesia que fala à alma feminina
Inquieta em suas fantasias, desejos e vontades
Alma que clama pela igualdade do ser
Nenhuma gente a ela é pequena
E faz sentir na gente aquela vontade de crescer, ser gente grande.

Lima, Adriane
Imagem de uma mulher que faz, que constrói seu destino, que não espera por algo que caia do céu
Mulher que é Adriane, presta atenção, não é Adriana, nem outra coisa, mas sim, Adriane Lima
A mulher que decidiu ser quem é, que fugiu aos padrões, poetisa da alma da mulher, de si mesma.

Francilangela Clarindo

terça-feira, 10 de março de 2015

A Asa Oculta da Borboleta: Destinos

A Asa Oculta da Borboleta: Destinos: Os astros não me prometeram um ano de apogeu orbitar em calmaria dentro de meus dias seria um jogo tolo frágil consolo de quem nã...

A Asa Oculta da Borboleta: Contas de Amor

A Asa Oculta da Borboleta: Contas de Amor: Quando as somas não batem quando tudo se abate e dois não divide por dois O que seria verdade dois se somam se juntam dois ...

A Asa Oculta da Borboleta: Hipotermia

A Asa Oculta da Borboleta: Hipotermia: Não sei se é chegado o momento de pedir perdão. Palavras de rendição, uma forma de constatação por tudo que sei ter de errado em mi...

A Asa Oculta da Borboleta: Conto : "Uma luz na solidão".

A Asa Oculta da Borboleta: Conto : "Uma luz na solidão".:   "Loucura, eu penso, é sempre um extremo de lucidez. Um limite insuportável. Você compreende, compreende, e compreende cada ...

A Asa Oculta da Borboleta: Licença Poética

A Asa Oculta da Borboleta: Licença Poética: Eu peço  licença à toa porque ás vezes igual a Fernando Pessoa sou duas ou três de uma vez   Sou a que fala,a q...

A Asa Oculta da Borboleta: Crônica : A poesia vive no olhar

A Asa Oculta da Borboleta: Crônica : A poesia vive no olhar: Hoje eu não vou falar da poesia, muito embora haja poesia em tudo que vou contar aqui. Como muitos de vocês sabem eu faço peças d...

A Asa Oculta da Borboleta: Crônica: As cores do dia

A Asa Oculta da Borboleta: Crônica: As cores do dia: Já li algumas histórias que falam em olhar e aprender sobre o mundo. Não é fácil entender as lições diárias,muitas vezes ...

A Asa Oculta da Borboleta: Alma do mar

A Asa Oculta da Borboleta: Alma do mar: Versos de amor são roupagens que vestimos às avessas Versos de amor são possibilidades que criamos em certezas  Versos de amor sã...

A Asa Oculta da Borboleta: Entre Olhares

A Asa Oculta da Borboleta: Entre Olhares: Seus olhos são o seu menor mistério Eles revelam o que tua boca não diz Me lembram os olhos dos homens das pinturas de Modigliani Tr...

A Asa Oculta da Borboleta: Procura Infinita

A Asa Oculta da Borboleta: Procura Infinita: Viro a história do avesso entre o bem e o mal em cada novo poema busco um sinal Solto as palavras em forma de cansaço vou as marés...

A Asa Oculta da Borboleta: Ilusório

A Asa Oculta da Borboleta: Ilusório: A matéria da qual Meu corpo foi feito Devia ter vindo com defeito Muita água na mistura Muitos sonhos e procuras Sem med...

A Asa Oculta da Borboleta: Jogo Audaz

A Asa Oculta da Borboleta: Jogo Audaz: Não se engane aqui comigo não creia no que enxerga   sou o que disfarça onde se olha sou assim mesmo contraditória carrego audác...

A Asa Oculta da Borboleta: Sou o que sou

A Asa Oculta da Borboleta: Sou o que sou: Eu sou o que sou já tentei mudar mas sou imutável na medida em que posso Sou de poucos mistérios sou d...

A Asa Oculta da Borboleta: Crônica :"Natal em família uma festa, nada imodest...

A Asa Oculta da Borboleta: Crônica :"Natal em família uma festa, nada imodest...: Todo final de ano é a mesma coisa,cada um a sua maneira faz um balanço do que foi o ano, o pensamento viaja, o coração faz retrospectiva, a...

A Asa Oculta da Borboleta: Voo de Alma

A Asa Oculta da Borboleta: Voo de Alma: Que tempo é esse dentro de mim habitado onde piso pesado esmagando flores em vida Minh'alma aflita tantas vezes incompreendida...

A Asa Oculta da Borboleta: Interrogo

A Asa Oculta da Borboleta: Interrogo: Renunciar a luta prender a palavra manter a conduta para não se perder Explicações manipuladas vociferadas em sussurros um soco, u...

A Asa Oculta da Borboleta: Entre Estrelas...

A Asa Oculta da Borboleta: Entre Estrelas...: Serão nossos os caminhos pressentidos entre o sonho e o desasossego entre estações primaveris onde flores salpicam minha estrada Som...

A Asa Oculta da Borboleta: Desencontro

A Asa Oculta da Borboleta: Desencontro: Hoje estou assim Com sangue estancado na veia Como mar que morreu na areia Como pipa presa no fio... Esperando esse a...

A Asa Oculta da Borboleta: Auto-Retrato de um Poeta

A Asa Oculta da Borboleta: Auto-Retrato de um Poeta: Diante de um mundo real o poeta sonha o impossível Costura, modela e com versos prolonga o invisível une...

A Asa Oculta da Borboleta: Era Natal

A Asa Oculta da Borboleta: Era Natal: Era Natal Quando acreditei que os sonhos vinham em forma de presentes Quando achei que Noel nunca seria ausente ...

A Asa Oculta da Borboleta: Triste verdade..

A Asa Oculta da Borboleta: Triste verdade..: Eu não queria que Natal fosse assim Compras, correrias sem fim Eu não queria que o Natal fosse assim Palavras, cartões enviados por f...

Historias da unha do dedão do pé do fim do mundo

Manoel de Barros - Documentário 'Só dez por cento é mentira'.

segunda-feira, 9 de março de 2015

Crônica:"Pobre de mim que casei com a arte"




Crônica:"Pobre de mim que casei com a arte"
Antes de julgar a minha vida ou o meu caráter, calce os meus sapatos e percorra o caminho que eu percorri, viva as minhas tristezas, as minhas dúvidas e as minhas alegrias. Percorra os anos que eu percorri, tropece onde eu tropecei e levante-se assim como eu fiz. E então, só aí poderás julgar. Cada um tem a sua própria história. Não compare a sua vida com a dos outros.
Você não sabe como foi o caminho que eles tiveram que trilhar na vida.
Clarice Lispector
Sempre ela, acho que muito do que ela escreveu me cabe feito luva, admiro demais a forma como Clarice soube viver entre o que tinha interno e o externo, mesmo que isso lhe custasse dias de depressão e angústia.
Mas ai me pergunto, quem não os tem nos dias de hoje???
Vivemos cercados de olhos que nos vigiam em redes sociais, olhos que nos julgam até por uma frase que postamos e assim como num livro vamos sendo lidos, uns apenas olham a capa e já dizem se gostam ou não, outros mais curiosos vão ao conteúdo, ai esses sim, tem o direito de falar se gostam ou não do que viram !!!!
Tem dias que fico inquieta, tenho tantos pensamentos para poemas, crônicas, contos, mas nada quer vir parar no papel.
Deve ser porque o que consegue sair fica trabalhado, já está "elaborado" como diriam os psicólogos.
Mas nem tudo que escrevo está elaborado dentro de mim de forma que não tenha me pesado, me feito sofrer ao lidar com esse olhar sobre o meu interno.
Não é fácil viver sobre o olhar do outro, o olhar inquisitor, julgador que a maioria coloca sobre nós.
A gente sempre exige das pessoas que ama e elas também tem esse direito sobre nós, porque à partir da indiferença vem também a descrença de que podemos mudar e melhorar.
Mas nem sempre o que é a minha verdade ,é a verdade do outro, mesmo que ele esteja próximo a mim, a leitura interna é minha e mesmo porque as verdades mudam e a cada dia mais me convenço disso.
O olhar que tenho sobre determinada situação não pode ser linear, não posso ser dono de verdades absolutas até mesmo porque elas não existem e isso já coube até a filosofia descrever.
Mas me pego sempre sob a ótica de meu filho, que cobra de mim um trabalho, que eu saia de casa, volte a exercer uma profissão.
Imagine o quanto é contraditório.... ele faz faculdade de Economia e eu vivo hoje em dia da Arte.
Olhares dilacerantes entre o racional e o emocional.
Mas eu sei os valores culturais que também ensinei a ele e por mais que ele tenha um mundo capitalista ao seu redor, ele tem também refinamentos internos para apreciar o belo, o simples, o que vem da alma e então nossas discussões são também digressões sobre a vida !!! O que acho saudável, porque assim um, não inibe o outro em suas escolhas pessoais.
E se isso acontecesse geraria entre nós uma incomunicabilidade terrível e graças a Deus não é o que acontece!!!
Mas vez ou outra, não nego me incomoda vê-lo entrar aqui e falar: -mãe você precisa trabalhar!!!!!
Isso porque ele chega, estou de tintas até os cabelos, dentro de meu ateliê (seu antigo quarto, por sinal) que hoje tem mesas, armários ,estantes lotadas de tintas, apetrechos como: pincéis, madeiras, telas e uma parede colorida que eu mesma fiz, preenchendo-a de mandalas e borboletas!!!
Pois bem, ele acha que trabalhar não é acordar as seis da manhã,organizar a casa antes de mais nada, por roupas para lavar, limpar a sujeira dos cães, organizar a bagunça deixada na noite anterior sobre a pia, e ai sim, começar as minhas artes.
Ai vem; dar uma demão de branco, ir para o quintal e lixar, lixar, lixar até que tudo fique liso e pronto para receber a arte.
E essa tem que vir da criatividade, do bom gosto, do meu olhar sobre os materiais que tenho em mãos na hora e fazer algo que não tenha por ai pois, odeio cópias!!!
Eu tento não fazer caixas, tento fazer .."ARTE" nas minhas peças.
Se fosse para ser algo que tem por ai nem perderia tempo e iria sim, procurar um emprego numa loja, numa fábrica, numa empresa.
Porque existe sim uma grande diferença entre se ter um emprego e se ter um trabalho.
Eu tenho por profissão a fonoaudiologia, sempre fui autônoma,tendo meus horários mais flexíveis e portanto nunca tive um emprego com hora de bater cartão,cumprir metas e sair.
Fiz de minha profissão um sonho, estudava muito, lia, pesquisava, estava muitas vezes à frente de muitos médicos de minha cidade mas era incrível, ver as mães chegarem e falarem que o Dr. pediu para esperar que um dia a criança iria falar, iria pronunciar o "R" ...e olha que muitas já tinham quatro anos...e assim fui desistindo dessa profissão e assim lá se vão, mil casos que prefiro guardar a sete chaves, porque ter um título não quer dizer gostar do que faz e fazer por amor...aqui cito de novo a arte.
Porque toda e qualquer profissão precisa ser exercida com arte e amor, senão vira mecanicista, perde-se o humanismo da situação e esse sempre foi meu foco de atuação.
Mas os médicos sabem mais que os terapeutas, assim como muitos filhos hoje sabem mais que os pais...estamos quase lá no: Quem nasceu primeiro: o ovo ou a galinha!!!!
E foi assim que comecei a me desapegar de minha profissão.Porque a arte, ela nasce com a gente que é sensível, quase que dê berço.
E quando me vi no meio das tintas, me soltando, criando, escrevendo eu me vi viva, inteira, verdadeira!!!
A arte literalmente me deu "asas de borboleta", sai desse casulo que muitos chamam de zona de conforto.
Abandonei sim tudo, não digo que é fácil ficar em casa trancada, muitas vezes descalça, cheia de tintas, cabelo num rabo de cavalo, unhas sem pintar, rezando nem para o porteiro nos ver!!!
Mas em compensação, ganhei o canto dos pássaros que me visitam o dia todo no quintal enquanto lixo as caixas, um pôr do sol lindo da janela enquanto pinto num final de tarde, a música que me acompanha o dia inteiro, onde viajo e deixo a inspiração me conduzir.
Ganhei ares de liberdade em minhas escolhas, eu que sempre tive um espírito livre acho que agora faço ele ainda mais feliz !!!
Na vida não temos respostas para o que nos basta, o que nos cabe, acho que estou vivendo uma plenitude muito grande, o silêncio dos dias me fazem pensar na vida, me fazem ter a certeza de que não precisamos muito para ser felizes !!!!
E muito menos deixar que nos convençam de que o mundo lá fora é somente capitalista, quando estamos casados com a arte, com a poesia que não enche barriga mas, inunda a alma.
Não quero ser mártir ,nem brincar de sair pelo mundo pregando que na vida vale somente as escolhas.
Porque a vida também nos esfola pelas nossas escolhas.
Mas o olhar que pesa do outro dói, muito mais.
E nossas crenças podem mudar sempre, depois que algo nos fere, nos tira do chão, nos impõe situações avessas tipo um caso de morte, uma doença terminal, uma perda do ser amado, ou mesmo uma perda material.
Ninguém gosta de ser julgado, ser questionado, ser tido como louco por não pertencer a uma maioria que se prendeu a rituais de trabalho e sabe que não é feliz assim, mas precisa ter para ser.... e não ser...para ter !!!
Por isso não gosto e nem julgo a vida de ninguém, vejo sim, pessoas vivendo de forma errada, distorcendo situações,
sendo amargas, críticas,infelizes e mesmo assim, não se lançam as mudanças, não se dão direito a novos ares, nessas situações julgar não é meu caminho,apenas, me lamento por elas.
Lembrei agora de uma frase da Elis Regina que diz assim: "Tenho o prazer de me danar e me recompor sozinha.Não preciso de muletas."
Taí, uma frase que assinaria hoje em baixo...o preço a pagar ??
....Ainda não sei, quem sabe precise de um empréstimo,porém não de dinheiro e sim de emoções reais, que essas sim, nunca são demais!!!!
Sei que pode parecer pesado, mas filho depois de uma de nossas conversas, escrevi isso aqui para você:
Ei filho, quisera eu que você voltasse para teu berço onde as grades te protegiam das inverdades desse mundo imundo.
Ei filho, já não posso mais te embalar em meus braços como fazia, por noites a fio até você adormecer.
Ei filho,o mundo é esse: é pagar para viver ou viver para pagar, é entrar nessa ciranda que talvez não tenha te ensinado a dançar!!!
Ei filho, essa sou eu: a poeta, a sensível, a artista, a que não nasceu para o mundo "business", mas que sem a arte, a imaginação, a escrita que nasce em mim todos os dias,eu não saberia mais viver.
Ei filho, essa sou eu a mãe que te ama loucamente deste o dia que te viu sair de dentro dela!!!!
As mães são sempre erradas, chatas, delirantes, até o dia que nos tornamos mães também....
...Puts, isto é profético, vai por mim!!!
E novamente citaria Clarice Lispector para encerrar esse texto :"Sou o que quero ser, porque possuo apenas uma vida e nela só tenho uma chance de fazer o que quero.
Tenho felicidade o bastante para fazê-la doce, dificuldades para fazê-la forte.Tristeza para fazê-la humana e esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes não tem as melhores coisas,elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos."
Obrigada filho, por me ensinar a ver o mundo com amor, com preocupação, por saber que você quer o melhor para mim, mas que nossos "olhares" nem sempre estão afiados!!!
Beijos filho amado,durma bem...eu estou bem e trabalhando bastante !!!!
Adriane Lima

Vitrine parabeniza Luciana Dimarzio por seu aniversário!


O ano iniciou e já temos uma aniversariante aqui no Vitrine. Dia 04 de janeiro é o aniversário de Luciana Dimarzio. E parabéns, querida!


Visite o blog "A Asa Oculta da Borboleta" de Adriane Lima



Clique aqui e conheça o blog de Adriane Lima "A Asa Oculta da Borboleta".

Vitrine entrevista Adriane Lima







1) Quem é Adriane Lima?

Uma mulher encantada pela vida, sonhadora, mas que tem os pés no chão, que ama a liberdade e vive para um mundo pelo qual acredita.
Sempre fui considerada agregadora, como dizem meus amigos, gosto de festas, de gente perto, de amizade e alegria.
Mãe de Gabriel e Manuela, que são meus grandes prêmios desta vida!
Formada em Fonoaudiologia, profissão que deixei de exercer há 4 anos e hoje me dedico a arte (pintura) e a escrita.
Nasci em Presidente Venceslau mas moro em Campinas há 26 anos, portanto me considero Campineira!!!

2) Como foi seu ingresso no Portal do Poeta Brasileiro e na ANLPPB?

No ano de 2012, eu conheci os saraus mensais do Portal do Poeta Brasileiro,e, comecei a frequentá-lo todos os meses, com isso e com todo universo virtual, fui conhecendo vários poetas de Campinas e de todo Brasil.
Um dia conversando com Aline Romariz ela me fez o convite de participar da ANLPPB e aceitei com muita alegria e honra, desde o início, ter sido escolhida para o cargo de Diretora Social !!!

3) Como é conciliar a vida de mãe e poetisa?

Para mim, essa tarefa já está "resolvida" pois meus filhos já são grandes e esse cuidar deles hoje em dia é algo mais de amizade e olhar materno à distância e não interfere em nada em minha vida tanto de poetisa, quanto profissional.

4) Que momento mais lhe deu prazer nesta vida de escrever?
Difícil dizer porque são tantos momentos, tenho sempre um retorno tão satisfatório de minha poesia que seria injusta se citasse apenas um momento.
Desde que resolvi apresentar meus escritos nas redes sociais e em meu blog, todos os momentos são de prazer e retorno.

5) Fale-nos um pouco de sua página do facebook "Nas Asas da Vida".

Eu tenho um blog : A Asa Oculta da Borboleta há um bom tempo, onde coloco diariamente meus poemas, tendo meus fiéis seguidores e leitores, mas como o facebook acabou sendo um lugar onde as páginas individuais são sempre visitadas pela facilidade da mídia, criei lá Nas Asas da vida e os mesmos poemas que posto no blog, acabo colocando lá também.
6) Conte-nos sobre sua vida literária.
Já rabiscava desde a adolescencia e muitos amigos que moravam em outras cidades, diziam que minhas cartas já eram poéticas,
eu sempre gostei de escrever, mas eu sempre guardava meus escritos. Na época de faculdade comecei a mostrar às amigas e dali em diante todos passaram a saber que eu escrevia. Mas só quando surgiram as redes sociais (o antigo Orkut) foi que comecei a divulgar meus poemas e perceber o quanto as mulheres, principalmente, se viam neles e assim, tendo retorno e esse apoio, percebi que minha poesia não era mais só minha, muito embora eu acredite que tenho páginas internas que não querem ser lidas, mas escritas como um processo de elaboração pessoal.

7) Como você vê o ato de escrever atualmente?

Escrever para mim hoje em dia é ... Me desvendar, me fragmentar em outras, me virar do avesso é um ritual de liberdade.
Quando estou quieta é impossivel controlar os poemas, eu aprendi a ver poesia em tudo e quero espalhar isto ao meu redor.
Se passo um dia sem escrever, fico conversando com o poema até que possa "libertá-lo" no papel.

8) Sobre o mercado editorial, o que nos tem a dizer?

Acredito que nos dias atuais ele está bem facilitado, muitas editoras hoje em dia fazem livros sobre demanda, ou seja, você pode pedir quantos livros desejar. Mas aí depende do que se busca como escritor, um livro para mim tem que ter o feedback de um público de bons leitores. Não apenas fazer um livro para satisfazer o ego, mesmo sabendo que não conseguirá financeiramente ter de volta o que se investiu. Portanto acho que tudo é muito pessoal.


9) Como é ser diretora social da ANLPPB?

É uma tarefa prazeirosa, como já disse, sou festeira e agregadora, gosto dessa questão social, das trocas afetivas e sociais, do engajamento pessoal, e faço sempre com muito carinho as funções que me cabem para melhorar as interações entre os poetas nos nossos encontros e nos grupos.

10) O que você faz para divulgar seu trabalho?


Eu não me preocupo muito com essa questão de divulgação, acho que a poesia é captada por aqueles que têm sensibilidade e se veem nas entrelinhas dos poemas, o que mais me intriga são que meus poemas mais femininos e sobre a vida são os mais comentados e compartilhados nas redes sociais.
Além de meu blog, participo de Antologias, e já ganhei alguns concursos também.
Mas ainda não tenho um livro onde possa divulgar meu trabalho de forma individual.

11) Você segue algum ritual na hora de escrever seus poemas?

A inspiração vem quando menos espero e corro pegar papel, caneta, ou vou para o note, já escrevi em guardanapo estando em um bar, já corri estando na rua com medo de perder a inspiração. Acho mesmo que o verdadeiro poeta, compositor, escritor, tem que ter a inspiração da alma, não acredito na força de uma escrita elaborada, buscada em palavras difíceis e consultas em dicionários como tenho visto muito nas redes sociais!!
Eu consigo distinguir quem escreve com a alma !!!

12) Que autores você mais aprecia?


A mestra propulsora foi Clarice Lispector quando li, Perto do Coração Selvagem, mergulhei nos personagens, então, tive a certeza que queria escrever, que a escrita e a observação da vida me pertenciam, mesmo que eu não entendesse a vida.
Para mim a frase "Viver ultrapassa qualquer entendimento" soa até hoje como um mantra.
Poetas citaria: Pablo Neruda, sua obra e todos seus amores,
Fernando Pessoa, por ter crescido vendo minha mãe declamar os poemas dele. (sei alguns de cor).
Depos vieram outros: Mario Quintana, Cecíla Meireles (que lia muito também), Adélia Prado, que escreve com a alma e o coração de forma aberta e simples.
Dificil citar, seria injusta com muitos...Vinícius de Moraes, mestre Saravá... e todos seus sonetos !!!
Mais madura aprendi a amar e compreender a poesia de Hilda Hilst, tão densa e contemporânea, e tantos outros autores que a facilidade do mundo virtual nos deu.
Como Mia Couto, Olga Savary, Manoel de Barros, Fabricio Carpinejar, etc.

13) O que achas do trabalho da escola com a escrita dos alunos?


Sou fonoaudióloga e sempre orientei professoras a trabalhar na leitura /escrita, com poemas para pacientes com dislexia, a poesia de Cecília Meireles: Ou isso ou Aquilo foi um referencial muito grande em um projeto que participei e vi resultados.
O brincar com a melodia das palavras melhorava consideravelmente a dificuldade desses pacientes.
Portanto, acredito que o incentivo da poesia nas escolas seja um projeto maravilhoso.
14) Você acredita haver muitos poetas no futuro ?
Sou filha de uma professora de Português e Literatura, não tenho como não acreditar na poesia, seja ela do passado, do presente ou do futuro.
Aliás, nunca vi tantos poetas como atualmente, todo mundo percebeu que o mundo precisa dessa beleza mesmo que efêmera, chamada: Poesia.


15) Como você caiu na vida de poetar?

Nossa, nem sei dizer, minha mãe professora de Literatura me apresentou desde pequena Camões a Gregório de Mattos e me ensinou a gostar de poesia desde cedo.
Eu sempre gostei muito de ler, cresci entre os livros, e escrevia inúmeros diários, com o passar do tempo percebi que minha prosa era poética e assim, me dei conta de que estava fazendo poesia!!!


16) Como é a Adriane além do que vemos?

Vou responder com um trecho de um poema meu chamado : Sou

...  eu não sou difícil de entender e mais ainda de me ler não em versos, prosas ou frases soltas no ar
...sou fácil de entender pelo meu olhar, minha doce ironia em entrelinhas
ou através das melodias que tocam em meu celular
mulher romântica e até mesmo infantil, teimo suspirar ao ouvir Chico Buarque, ao ler Pessoa ou Rilke
 e quem me magoa, eu me distancio, não bato boca, não dou nem um piu...
e minha voz vai ficando embargada, por nervoso até dou gargalhada
mas eu sou fácil de ler... já de lidar nem tanto, preciso me sentir livre e presa ao mesmo tempo
...construo minha liberdade em espaços de felicidade, sorrio sempre, facilito para os desejos entrarem,
afastando os medos de seguir em frente
tropeço sim, e porque não? ... choro, muitas vezes de tristeza e de emoção
amo de verdade, com desejo e paixão, tenho asas e acolho sob elas os que hospedo no coração
sou mulher, sou várias, sou todas em uma só...depende de meu dia...
depende de teu olhar e da minha vontade de que você decifre-me....

17) Que projetos da ANLPPB mais deram a você gosto em participar?
Gostei imensamente do projeto Poesia no ônibus e gostaria de dar-lhe continuidade e espalhar poesia a todos que viajam após um dia de trabalho e assim enfeitar o cotidiano de nossa cidade.
O projeto Ondulações, onde o ano passado me permitiu trabalhar com crianças e idosos, fiquei encantada com o trabalho de nossa confrade Teresa Azevedo.
Tudo isso digo pela proximidade porque todos os projetos que possamos fazer para o crescimento na ANLPPB eu procuro participar.


18) O que vem por aí no VI Encontro do Portal do Poeta Brasileiro?

Ainda não saberia dizer, mas aguardem, porque garanto que vem muita coisa boa !!!
A cada encontro me surpreendo com o engajamento de vários poetas que, literalmente, "vestiram a camisa" do Portal do Poeta Brasileiro!!
Saem de suas cidades, interagem, trocam com o público, trocam com os demais poetas, se despem do ego, fato esse que, acredito ser o maior empecilho para o crescimento da poesia nos meios virtuais, vejo que esses poetas entenderam que é preciso vivenciar o poeta Vivo e criar laços !!!!

19) Que poema você nos apresentaria?
O desejo é feminino
Egoisticamente me adorno
desamarrei devagar os últimos laços
como quem se despe sem pressa
e se entrega ao amor verdadeiro


em meus ouvidos
teço palavras doces e de encantamento
salvo as preces e a companhia

é o instante onde escuto a eternidade
ao me doar, gerei amor
...grávida de mim, enchi-me de zelo

guardei lá dentro
medos, amores
sonhos e nostalgia
o ontem e o além dos dias

as minhas fases
hoje como a lua cheia
redondamente me dou voltas
habito-me por inteira

pela solidão me enamorei
ganhei tempo me querendo
libertando meus desejos
dissolvendo minhas fomes

grávida não pode passar vontades
eis a vantagem,
me alimentei do melhor de mim

do outro espero que me veja :
parindo a vida liquida
nesse mergulho sem fim


Adriane Lima
20) Deixe-nos uma mensagem.

Adélia Prado certa vez escreveu: "Erótica é a alma". Erótica é a alma que se diverte, que se perdoa, que ri de si mesma e faz as pazes com sua história. Que usa a espontaneidade pra ser sensual, que se despe de preconceitos, intolerâncias, desafetos. Erótica é a alma que aceita a passagem do tempo com leveza e conserva o bom humor apesar dos vincos em torno dos olhos e o código de barras acima dos lábios; erótica é a alma que não esconde seus defeitos, que não se culpa pela passagem do tempo. Erótica é a alma que aceita suas dores, atravessa seu deserto e ama sem pudores.

Vivemos a era das emergências. De repente tudo tem conserto, tudo se resolve num piscar de olhos, há varinha de condão e tarja preta pra sanar dores do corpo, alma e coração. Como canta Nando Reis, "O mundo está ao contrário e ninguém reparou..." Desaprendemos a valorizar aquilo que é importante, o que é eterno, o que tem vocação de eternidade. E de tanto lustrar a carapaça, vivemos a "Síndrome da Maça do Amor": Brilhantes por fora e podres por dentro. O tempo tornou-se escasso, acreditamos que "perdemos tempo" quando lemos um livro inteiro, quando passamos horas com nossos filhos, quando oramos ou viajamos com a família. E nos iludimos achando que poderemos "segurar o tempo" cuidando da flacidez, esticando a pele, preenchendo espaços.
Cuide do interior. Erotize a alma. Enriqueça seu tempo com uma nova receita culinária, boas conversas, um curso de canto ou dança. Leia, medite, cultive um jardim. Sinta o sol no rosto e por um instante não se preocupe com o envelhecimento cutâneo. Alongue-se, experimente o prazer que seu corpo ainda pode lhe proporcionar. Não se ressinta das novas dores, da pouca agilidade, dos novos vincos. Descubra enfim que a alegria pode rejuvenescer mais que o botox. E não se esqueça: em vez de se concentrar no lustre da maçã, trate de aproveitar o sabor que ela ainda é capaz de proporcionar...

Fabíola Simões



Gosto de pensar no que nutre o universo feminino, creio que meus poemas mais visitados e comentados são os que falam desse universo tão simples e tão complexo. Assim como a boa poesia !!!
Encontrei esse texto outro dia em uma página do facebook e achei que ele diz muito do que penso !!!
Obrigada a todos que sempre viajam comigo em poesia !!!

sábado, 7 de março de 2015

GRUPO MUSICAL ENTRE AMIGOS BETO COSTA INTERPRETANDO GIRASOL NO MEU QUINT...




Ana Cristina Rodrigues Henrique é uma garotinha de dez anos que lançou seu primeiro livro pela Editora Essencial...  Suas poesias trazem a meiguice do cotidiano, dizem de sua rotina escolar, amizades, escola, infância....  Muito lindo!  Dia 21/03/2015 será o lançamento na Biblioteca Infantil de Sorocaba. Dia 08/03/2015  Ana e seus amiguinhos, as dez horas da manhã, estarão no programa QUIZ regional do SBT....



Feliz Aniversário a Marisa Gonçalves. Parabéns!


Feliz Dia Internacional da Mulher!


quinta-feira, 5 de março de 2015

Nunca perdi pessoas...


Palpitações que meu coração queria sentir


Através de ti...


Tem itens que preciso mais do que pão


Poema na carne é o que te dou


Para poesia existir...


Esgrima


Vitrine entrevista José Luiz Pires

Oi, Zé! É um prazer divulgar você no mês de fevereiro no Vitrine. Tenho um grande carinho por você, por sua dedicação junto aos poetas e ANLPPB, bem como ao Portal do Poeta Brasileiro, Casa do Poeta e demais atividades culturais. Por tudo isto, por esta entrevista, pelo caminhar junto, obrigada!
 
 
 
1) Quem é José Luiz Pires?

     Um sonhador com os pés no chão.
 
2) Como o Portal do Poeta Brasileiro surgiu em sua vida?
     No inicio de 2010 fui convidado para conhecer um sarau. O evento era realizado em uma lanchonete, dentro de um shopping na cidade  de Campinas.
 
3) Quando você assumiu a ANLPPB e como foi seu ingresso na diretoria?
     Assumi a ANLPPB na sua fundação. O ingresso na diretoria deu-se na gestação da ANLPPB.
 
4) Que atividades participas que envolvem a poesia e a cultura em geral?
     Campinas é farta de eventos e carente de público.  
     Participo de muitas atividades: sarau, teatro, vernissage, palestras, lançamento de livros,...  Procuro sempre estar presente nos eventos que envolvem cultura, independente de ter, ou não uma atividade fixa.
 
5) Quando você começou a escrever?
     Rabiscava poucas linhas desde adolescente, parei por um longo tempo, e retornei no inicio deste milênio.
     Escrevia para passar o tempo. Brincava de poetar com as mais variadas rimas.
 
6) E o primeiro livro?
     Em 2012 garimpei poemas antigos  com temas bem família, e alguns da nova fase (após outubro de 2009)
 
7) Como você vê a participação do novo escritor e/ou o que já é consagrado nas coletâneas e antologias?
     As coletâneas / antologias são fundamentais para o ingresso no mundo literário, vejo como a porta de entrada.
     A dificuldade para se lançar um livro é enorme, e a barreira financeira é gigantesca. As coletâneas / antologias facilitam a  parte financeira, pois, podemos estar sempre em evidência, e pagando página por página. É um 'carnê' de financiamento perene!  Infelizmente sinto os escritores consagrados distantes dos novos poetas e das antologias.   

8) Conte-nos sobre seu trabalho junto ao Portal do Poeta Brasileiro e ANLPPB.
     Minha participação mais efetiva ocorre sempre durante os eventos acadêmicos. Outros momentos aconteceram durante os saraus do núcleo Campinas, SP. É um trabalho agradável e gratificante.
     O poder participar da formatação de cada evento, criar várias perspectivas sobre o que poderá ou não acontecer é muito interessante. Do ponto de vista administrativo, é adrenalina pura.
 
9) Como é fazer o programa na Radio Iluminatta?
     Foi algo inédito na minha vida. Uma ferramenta que deve ser mais explorada. Interagir com
     os poetas representa entrar no seu mudo pessoal, conhecer detalhes que por vezes passam
     despercebidos durante dos eventos.
 
10)  De todas as ações que participas, qual teve um lugar especial em sua vida?
        A Casa do Poeta de Campinas foi minha porta de entrada no mundo literário, tenho um carinho todo especial por ela, porém, vejo todos os lugares como especiais, cada um com sua peculiaridade. Temos de abrir e fechar os olhos para os acontecimentos pontuais em cada uma, sejam eles positivos ou negativos.
 
11) O que você diria para alguém que quer seguir os passos de ser poeta, escritor, autor?
        Não basta ser, tem que participar, e participar efetivamente com: Corpo, alma, presença e comprometimento.
 
12) O que teremos em 2015 quanto às ações poéticas?
       Espero muitas atividades, participação efetiva, e menos estrelismo literário. A união é que fará o crescimento coletivo de todas as atividades. Reconhecimento é um processo que vem através das sementes que espalhamos. 

13) Qual o projeto de maior impacto do Portal do Poeta Brasileiro?
       Não podemos olhar para qual projeto teve o maior impacto, todos produzem impactos pontuais. Qualquer ação ou projeto literário já nasce grande pela própria ausência.
 
14) Como o público vê as ações da ANLPPB?
       O público é cético em todos os movimentos culturais. A ANLPPB necessita um pouco mais de tempo, está criando raiz e mostrando a que veio. Cabe a cada um procurar espaços, e discernir sobre o que é joio, e o que é trigo.
 
15) Há algum tipo de fedback do povo que participa dos projetos da ANLPPB e do Portal do Poeta Brasileiro?
       Quem está atento aos projetos sempre dá algum retorno. É certo que nem todas as opiniões são agradáveis, porém, todas são analisadas. 
" Sempre haverá o frescor de um novo amanhecer diante de cada dificuldade."  
 
16) Como se dá o processo de ingresso na Academia do Portal do Poeta Brasileiro, o que ela é, que papel representa, como é seu trabalho cultural, social e acadêmico?
Existem alguns pré-requisitos para o ingresso na ANLPPB. 
É uma academia voltada exclusivamente para a valorização do poeta vivo, e objetiva colocá-lo onde o povo está.
A ANLPPB representa o renascimento dos valores morais e culturais. Valores esses quase esquecidos nos  meios literários contemporâneos. 
O trabalho cultural, social e acadêmico estão irmanados. São eles que cadenciam todas as atividades, e não são concebíveis individualmente. 
 
17) Qual a importância da ANLPPB para o PPB? Por que ela surgiu?
       A ANLPPB é consequência do PPB. Surgiu para apresentar o poeta, disseminar projetos, agregar valores, e valorizar o poeta vivo.
 
18) O que é feito como todo material produzido pelos acadêmicos e membros do Portal?
       Existe dentro da ANLPPB um departamento que cuida destes quesitos. Esse material fica sob a responsabilidade da acadêmica Lú Narbot. Todos os projetos são enviados aos acadêmicos.
 
19) Que livro você indica como leitura obrigatória?
       A Bíblia
 
20) Cite-nos um poema de sua autoria e outro de um poeta que nos indicaria a leitura. 
        Manancial de Paixão - José Luiz Pires
      
       
És como a água de beber,
Que se adentra a me conhecer.
Hidrata minhas entranhas,
Dentro e fora não mais me estranhas.

Clara, límpida e cristalina,
Que rola do alto da colina.
Em seu regato me acho
Formando caudaloso riacho.

Evaporas diante do calor,
Sobes, desapareces em vapor.
Constrói nuvens inebriantes,
Desaguando em mares verdejantes.

Junto às estrelas, és nuvem madrugadeira,
Amanheces orvalhando relva, flores e espinheira.
Chamam-na, orvalho, geada, sereno,
Germina a semente molhando o terreno.

Penetras filtrada pela terra,
Segues teu caminho e não erras,
Surges sorrateira no grotão,
E me alimentas fosse eu um garotão.


        DECEPÇÃO  -  José de Alencar

ADEUS! Para sempre adeus! 
Vou-me de ti; fica em paz. 
Volva o riso aos olhos teus, 
Não te verei nunca mais.
Adeus! Para sempre adeus! 
Nem que teu semblante puro 
Perpasse ante os olhos meus, 
Não te verei: eu te juro.
Adeus! Para sempre adeus! 
De minh'alma a luz cegaste;
A virgem dos sonhos meus 
Tu brincando a trucidaste.
Adeus! Para sempre adeus! 
Encantos que me enlevaram 
Tua beleza, perdeu-os, 
Que olhos d'outrem profanaram.
Adeus! Para sempre adeus! 
Foste um anjo, uma visão. 
Agora aos olhos ateus 
Sombra és tu de uma ilusão.
Para sempre adeus! Repousa 
Quem fui no que sou em paz. 
Lê nesta fronte que é lousa:
"Morreu sua alma. Aqui jaz".

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